Objetivos e público alvo
O projeto “Bem Viver e a Recusa em Morrer” visa reduzir a letalidade policial e combater a violência de Estado contra jovens negros em Goiás. Objetiva aprovar o PL 924/22, que implementa câmeras nos uniformes policiais, promover rodas de diálogo com lideranças comunitárias e elaborar um relatório anual sobre violações de direitos humanos. O público prioritário são jovens negros, mulheres, LBTs, familiares de vítimas de violência e moradores de periferias.
Contexto
Goiás é um dos estados mais violentos do Brasil, com um Estado que nega sistematicamente informações sobre mortes em intervenções policiais, contrariando a transparência exigida por princípios constitucionais e necessária para a formulação de políticas públicas eficazes. A polícia goiana é responsável por 29,1% das mortes violentas intencionais no Estado, um percentual alarmante que indica uso excessivo e abusivo da força. O perfil das vítimas confirma o racismo estrutural: a maioria são jovens negros, atingidos por três a quatro tiros. O projeto busca enfrentar essa realidade, promovendo o controle social da atividade policial e denunciando a seletividade racial e etária da violência de Estado.
Sobre a Organização
A Coletiva Pretas de Angola, fundada em 2015, é formada por mulheres negras, oriundas de comunidades quilombolas rurais ou de ambientes periféricos urbanos, ativistas de Goiás. Atua no fortalecimento da comunidade negra, promovendo direitos humanos, cultura e justiça social. Integra redes como a Rede Goiana de Mulheres Negras e o Comitê de Direitos Humanos de Goiás, com foco em segurança pública, sistema prisional e violência de Estado.