Objetivos e público alvo
O projeto Copa nas Escolas busca envolver as crianças e adolescentes da rede pública de ensino no debate sobre como os megaeventos influenciam direta e indiretamente a vida da população. Será dada uma atenção especial à conscientização sobre os riscos da exploração sexual e tráfico de pessoas no âmbito dos megaeventos.
Atividades Principais
- Produção de cartilhas informativas e educativas sobre temas como: elitização do futebol, transporte público, trabalho Informal, exploração sexual.
- Exposição comparativa – por meio de vídeos e imagens será exposto conteúdo sobre resumo histórico, econômico e político de megaeventos em outros países para instigar aos alunos a identificarem familiaridade com os recentes acontecimentos no Brasil e seus possíveis reflexos.
- Realizar debates após a exibição/leitura de documentários e notícias debates com foco nas violações de direitos humanos nas cidades-sede dos megaeventos.
- Produção cultural: pintura, texto, exposição oral e audiovisual relacionada à temática dos megaeventos;
- Participação no 1º Encontro dos Atingidos pelos Megaeventos e Megaprojetos no Brasil.
Contexto
A despeito da propaganda oficial, o que vemos acontecer é que em nome da Copa do Mundo tem sido destinado grandes volumes recursos para obras de empreiteiras, incorporadoras imobiliárias, redes empresariais e não para os investimentos tão demandados pela população. Não à toa as mobilizações cresceram na Copa das Confederações (2013) e a Copa do Mundo (2014) é questionada em todos os cantos do Brasil.
Um dos maiores riscos de violações durantes os jogos, detectados pelos Comitês Populares, se encontram na ausência de políticas de prevenção e proteção de crianças e adolescentes frente à exploração sexual e tráficos de pessoas. No Distrito Federal foram decretadas férias escolares durante a Copa do Mundo que deixarão adolescentes ociosos (as) e alvos muito fáceis para as redes do aliciamento. Infelizmente pouco ou nada os governos fazem para prevenir. Cabe ressaltar que Brasília será a cidade com maiores números de jogos na Copa (sete no total) e, portanto, onde o risco da exploração mais se potencializa.
Sobre a Organização
O Comitê Popular da Copa do Distrito Federal visa garantir o repasse de informação para população com objetivo de conscientizar e fomentar o debate sobre a violação dos direitos humanos trazido pelos megaeventos e auxiliar na mobilização e articulação da sociedade civil e movimentos sociais organizados no combate ao modelo de cidade de exceção, à mercantilização do esporte e dos impactos sociais, ambientais e econômicos negativos trazidos com a Copa do Mundo.
Parcerias
O Comitê Popular da Copa do Distrito Federal é composto por representantes de diversos movimentos sociais e estudantis: Cáritas, Juventude Socialista do Distrito Federal, Observatório das Metrópoles, Insurgência, Levante Popular da Juventude, Rodas da Paz. Faz parcerias em âmbito local com movimentos urbanos de moradia, transporte público, direito da criança e adolescente e em âmbito nacional compõe a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa – ANCOP.
Resultados
A primeira etapa do projeto Copa nas Escolas foi voltada para conscientização, organização e didática nos espaço de ensino. A segunda etapa serviu para canalizar os debates nas manifestações de rua. As mobilizações de rua serviram para dar visibilidade aos problemas gerados ou intensificados pela Copa do Mundo. Foi pensado um calendário de manifestações para acompanhar a realização dos jogos com objetivo de mostrar que a realização do torneio não diminuía os efeitos das violações que estavam acontecendo fora do campo. Um dos resultados do projeto foi a formação de uma grande rede de pessoas e entidades que estão alertas aos mesmos problemas do modelo de cidade negócio enfrentandos no Distrito Federal.
