Objetivos e público alvo
O projeto visa enfrentar o racismo religioso por meio da legalização de terreiros de Umbanda e Candomblé na região do Entorno do Distrito Federal, em Goiás. O público prioritário são 15 terreiros que serão assessorados juridicamente para obtenção de CNPJ, registro de estatuto social e acesso a benefícios como imunidade tributária. A ATRACAR atua como uma rede de apoio, promovendo a participação desses terreiros em editais e projetos sociais.
Contexto
Criada em 2021, a ATRACAR surgiu como resposta a atos discriminatórios contra comunidades de terreiro na região de Águas Lindas. A associação já legalizou 30 terreiros na primeira etapa do projeto “Terreiro Legal” e busca ampliar sua atuação com assessoria jurídica, comunicação e mobilização comunitária. Os recursos serão utilizados para custear registros, deslocamentos, comunicação e um evento de mobilização. Por meio do registro, os terreiros poderão solicitar as autorizações legais de funcionamento, impedindo assim ações arbitrárias de racismo religioso cometidos pelo estado.
Sobre a Organização
A ATRACAR é liderada por Nengua Talamungongo, sacerdotisa e militante das causas raciais, e composta por uma diretoria diversa, incluindo homens e mulheres negros, LGBTQIA+ e jovens artistas. A associação atua em parceria com órgãos públicos, como o Ministério Público Federal e a Superintendência de Igualdade Racial de Goiás, e integra o Conselho Estadual de Igualdade Racial. Sua atuação fortalece a luta antirracista e a organização das comunidades de terreiro.