Objetivos e público alvo
Promover reflexão e disseminar informações sobre a discriminação que a população negra local sofre no acesso aos serviços públicos, especialmente de saúde, por meio de ferramentas como jornal comunitário e debates. Cerca de mil pessoas devem ser beneficiadas diretamente e outras quatro mil indiretamente.
Atividades Principais
- Produção do jornal comunitário Itacaré Mostra Sua Cara
- Realização de debates
- Preparação e realização da feira de saúde, principal palco de mobilização
Contexto
Itacaré é um dos mais badalados destinos turísticos do país, mas apenas uma minoria da população, a de rendas mais altas, pode acessar serviços particulares de saúde em cidades próximas; os mais pobres, predominantemente negras e negros, têm imensas dificuldades de atendimento.
O problema se revela ainda mais grave na zona rural, onde estão as comunidades quilombolas. Nessas áreas, os agentes de saúde se limitam a pesar e vacinar as crianças, não existe serviço de emergência e as comunidades não têm acesso a transporte para deslocamento de pacientes.
Sobre a Organização
A associação tem como missão aliar apropriação cultural à sustentabilidade comunitária. Atualmente estrutura-se nos seguintes núcleos e atividades: Educação Quilombola: seminários, diálogos, estudos e pesquisas a respeito da lei 10.639 e educação para igualdade racial; Cultura Afro: atividades de dança afro, percussão e festas populares; Apropriação Tecnológica: circuitos de aprendizados com diferentes tipos de tecnologias sociais, entre elas as tecnologias da comunicação como blog, jornal e rádio na web; Sustentabilidade Comunitária: implementação da Fazenda Modelo Quilombo Doiti e do Turismo Étnico de Base Comunitária; Pontinho de Cultura/Ludicidade: programa de atenção a crianças negras
Parcerias
Rede Mocambos
Fórum Baiano de Juventude Negra
Rede Turisol – Turismo Solidário
Rede de Pontinhos de Cultura
Grupo Japer – Plano de Ação Conjunto do Brasil e Estados Unidos pela Promoção da Igualdade Racial e Étnica
Resultados
Duas feiras de saúde comunitária, na zona rural e na zona urbana, e ainda três debates, sobre saúde da população negra, parto e infância negra, foram realizados no período de desenvolvimento do projeto. O grupo publicou quatro edições do jornal proposto. Das quatro feiras de saúde comunitária previstas, duas não puderam ser realizadas, e foram substituídas por encontro de comunicação comunitária, com debates sobre comunicação popular. Outras atividades do grupo podem ser conferidas no blog http://casadoboneco.blogspot.com.br/
