Objetivos e público alvo
O projeto visa garantir o acesso à água potável para as famílias do Quilombo Tiningu, reformar o banheiro da sede da associação e atualizar o estatuto institucional. O público prioritário são os 186 associados da ARQUITININGU, incluindo 130 famílias quilombolas, totalizando aproximadamente 340 pessoas, entre homens, mulheres, idosos, jovens e crianças.
Contexto
O Quilombo Tiningu enfrenta graves violações de direitos, especialmente o acesso à água potável. Das cinco fontes naturais disponíveis, três estão sob posse de fazendeiros, uma está sub judice e apenas uma é acessível à comunidade. Em 2018, um defensor da água foi assassinado após conflitos com fazendeiros. Além disso, a expansão da soja no município tem causado assoreamento e contaminação dos igarapés por agrotóxicos. A estiagem do rio, agravada pelas mudanças climáticas, reduziu drasticamente a disponibilidade de pescado, principal fonte de alimentação da comunidade. Esses desafios ambientais e sociais intensificam a vulnerabilidade do quilombo, exigindo ações urgentes para garantir direitos básicos e a sobrevivência da comunidade.
Sobre a Organização
A ARQUITININGU, fundada em 2003, luta pela titulação do território quilombola e pela garantia de direitos básicos. Filiada à Federação das Organizações Quilombolas de Santarém (FOQS) e à Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ), a associação promove a regularização fundiária e o desenvolvimento sustentável. A diretoria é composta por 12 pessoas, equilibrada em gênero, todas autodeclaradas quilombolas.