Objetivos e público alvo
Realizar ações de comunicação que colaborem para a divulgação e o debate a respeito de temas relacionados à violação de direitos de crianças e adolescentes. A ideia da iniciativa é dar continuidade à formação do grupo de adolescentes e jovens proponentes do projeto Conexão Copa e mobilizar outros adolescentes e jovens no debate sobre os impactos do megaevento e o enfrentamento à exploração sexual; sensibilizar a sociedade curitibana para o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes; instruir professores e educadores sobre como reconhecer a exploração sexual infantojuvenil, para que possam denunciá-la e, inclusive, trabalhar o tema no ambiente escolar e contribuir para a divulgação da Rede de Proteção e do Sistema de Garantia de Direitos do Paraná.
Atividades Principais
- Produção de sete materiais audiovisuais voltados para web contendo entrevistas feitas pelos adolescentes com profissionais da área da infância e adolescência (jornalistas, conselheiros tutelares, representantes de organizações e outros atores sociais) divulgando canais de denúncia, auxiliando a população a identificar a exploração sexual de crianças e adolescentes e chamando a atenção para os direitos fundamentais deste público.
- Oficinas semanais educomunicação voltadas para o audiovisual e uso de mídias sociais, com o objetivo de envolver os adolescentes do projeto.
- Realizar capacitações para professores e educadores sobre como reconhecer a exploração sexual infanto juvenil e debater o tema em sala de aula.
- Realização de mobilizações urbanas e elaboração e distribuição de material impresso para a rede hoteleira e de transporte.- Realização de um Fórum de Jovens, ao fim do projeto, agrupando os materiais produzidos e tendo como convidados atores sociais da área da infância e adolescência para discutir o tema a partir da experiência de outros projetos envolvendo adolescentes e jovens.
Contexto
O Disque 100, canal de denúncia relacionado a direitos humanos do governo federal, registrou cerca de 275 mil denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes entre maio de 2003 e março de 2011. Desse total, aproximadamente 27 mil se referiam a casos de exploração sexual de meninos e meninas, numa média de 294 denúncias por mês.
Documentos como a Carta de Porto Velho, fruto do Encontro Nacional “O Impacto das Grandes Obras e a Violação de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes”, ressaltam a importância de ações articuladas entre todos os setores da sociedade para garantir os direitos de meninos e meninas. O próprio Plano Estadual de Enfrentamento às Violências Contra Crianças e Adolescentes (2010 – 2015) traz como ação do eixo mobilização e articulação “promover o debate sobre o papel da mídia na formação de opiniões públicas sobre a violência praticada contra crianças e adolescentes, buscando coibir a criminalização da pobreza”.
Sobre a Organização
A Ciranda tem a missão de promover e defender os direitos humanos de crianças e adolescentes, desenvolvendo ações de comunicação, educação, cultura e incidência política a fim de contribuir para a construção de uma realidade justa, solidária e participativa.
Parcerias
A Ciranda integra a Rede Andi Brasil de Comunicadores pelos Direitos da Infância; a Rede CEP – Rede Nacional de Experiências em Comunicação, Educação e Participação; a Coordenação Colegiada do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes; a Rede de Adolescentes e Jovens Comunicadores e Comunicadoras do Brasil; a Frente Paranaense pelo Direito à Comunicação e a Liberdade de Expressão.
Resultados
Foram realizadas oficinas, inclusive de educomunicação, multiplicação e produção de vídeo. Também foram realizadas aulas públicas, rodas de conversa e outras atividades de formação. Integrantes da organização participaram de espaços como Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, Comitê de Proteção Integral, Núcleo Virajovem Curitiba, Levante Popular da Juventude, Pastoral da Juventude e Comitê Popular da Copa. O grupo conseguiu dar continuidade na formação de um grupo de adolescentes e jovens; fazer ações de sensibilização junto à população; compartilhar experiências de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes e contribuir para a divulgação da Rede de Proteção e Sistema de Garantia de Direitos do Estado do Paraná.