Objetivos e público alvo
O projeto visa estruturar o XANGÔLAB, um espaço físico para acolhimento, orientação jurídica e formação dos povos tradicionais de terreiros no Maranhão, além de criar uma plataforma digital para mapear e monitorar casos de racismo religioso. O público prioritário são as comunidades de terreiros, especialmente mulheres negras e de axé, com foco no acesso à justiça, formação política e enfrentamento ao racismo religioso.
Contexto
No Maranhão, estado com forte presença de comunidades tradicionais de matriz africana, o racismo religioso se manifesta de forma intensa, perpetuando violências e violações de direitos contra os povos de terreiros. As mulheres negras e de axé enfrentam uma dupla opressão: o racismo e a intolerância religiosa, que limitam seu acesso a direitos básicos e espaços de decisão. A falta de políticas públicas específicas e a invisibilidade das demandas dessas comunidades agravam sua vulnerabilidade. Nesse cenário, a luta por igualdade racial e religiosa é urgente, especialmente em territórios onde a herança africana é viva, mas constantemente ameaçada.
Sobre a Organização
O Coletivo Dan Èjì foi criado em 2018 com o objetivo de fortalecer as tradições de matriz africana no Maranhão, lutar pelos direitos das mulheres de axé e dos povos de terreiros, e promover ações de afroempreendedorismo, sustentabilidade e advocacy. Composto por 08 voluntárias, a maioria mulheres negras e LGBTQIA+, o Coletivo atua na proposição de políticas públicas, como a criação do Decreto 37.761/2022, que estabelece a Política Estadual de Proteção aos Direitos dos Povos de Matriz Africana.
