Objetivos e público alvo
O projeto visa fortalecer a estrutura do Coletivo Raízes do Baobá – Negras e Negros Jaú/SP, garantindo recursos para aquisição de equipamentos, formalização jurídica e realização de ações de enfrentamento ao racismo, machismo e lgbtfobia. O público prioritário são mulheres negras periféricas, de religiões de matriz africana e LBTs, com foco no empoderamento, formação política e ampliação da visibilidade do Coletivo na região de Jaú, interior de São Paulo.
Contexto
No interior de São Paulo, especialmente em cidades como Jaú, o racismo estrutural se manifesta de forma intensa, perpetuando desigualdades e violências contra a população negra. As mulheres negras, em particular, enfrentam uma tripla opressão: racismo, machismo e lgbtfobia, que limitam seu acesso a direitos básicos e espaços de decisão. A região é marcada por um conservadorismo que marginaliza vozes negras e dificulta a organização comunitária. Nesse cenário, a luta por igualdade racial e de gênero é urgente, especialmente em territórios periféricos, onde a falta de políticas públicas e a invisibilidade das demandas das mulheres negras agravam sua vulnerabilidade.
Sobre a Organização
O Coletivo Raízes do Baobá foi criado em 14 de julho de 2016, a partir da 1ª Plenária “Mulheres Negras Jauenses e sua Identidade”, realizada em 2015. Composto por 27 pessoas, sendo 25 mulheres e 2 homens, todos negros, o Coletivo atua em territórios periféricos de Jaú, organizando mulheres negras, mães solo e LBTs. Sua atuação inclui reuniões periódicas, rodas de conversa, eventos culturais e incidências políticas, sempre em parceria com movimentos como a Coalizão Negra por Direitos e a Articulação de Mulheres Brasileiras. O Coletivo também mantém vínculos com o Ilè Asè Omo Obá Ti Oyo, fortalecendo a luta contra o racismo religioso.