Objetivos e público alvo
O projeto visa realizar dois cursos de formação para 40 lideranças de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) do Pampa, abordando direitos étnicos, coletivos e justiça climática. O público prioritário são quilombolas, indígenas, pescadores artesanais, pomeranos, ciganos, povos de terreiro e pecuaristas familiares, com foco no fortalecimento de suas capacidades de incidência política e defesa de seus territórios.
Contexto
O Pampa, bioma que cobre 69% do Rio Grande do Sul, enfrenta graves ameaças como expansão de monocultivos, projetos de energia eólica, mineração e mudanças climáticas, que impactam diretamente as comunidades tradicionais. Os recursos serão utilizados para custear mobilizações, cursos, alimentação, hospedagem e assessoria técnica, além da elaboração de um documento de incidência sobre as vulnerabilidades agravadas pelas mudanças climáticas.
Sobre a Organização
O Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, criado em 2015, é uma articulação intercultural que reúne oito identidades socioculturais, incluindo quilombolas, indígenas, pescadores artesanais e povos de terreiro. Sua missão é promover a visibilidade, a articulação e a defesa dos direitos dessas comunidades e da biodiversidade do bioma. O Comitê atua em parceria com redes nacionais e internacionais, como a Coalizão pelo Pampa e a Rede de PCTs, e promove ações de formação, incidência política e fortalecimento da gestão democrática com justiça de gênero.