Objetivos e público alvo
Fortalecer a incidência política realizada pelo Fórum Grita Baixada nas discussões sobre segurança pública e no campo dos direitos humanos.
Atividades Principais
- Produção de um documentário com familiares e vítimas da violência.
- Realização de encontros sobre direitos humanos e segurança pública.
- Atividades de formação em escolas públicas.
- Elaboração de materiais de comunicação.
- Registro fotográfico e de vídeos dos encontros realizados.
- Realização do primeiro circuito de exibições e debates de cineclubes da Baixada Fluminense com o tema direitos humanos.
Contexto
Os Esquadrões da Morte no final dos anos 1960, Grupos de Extermínio nos anos 1980, eleição de matadores a cargos políticos nos anos 1990, a propagação do tráfico de drogas pelas facções e a eclosão das milícias nos anos 2000 e 2010: ao longo deste período, as estruturas de poder político e de ganhos econômico-sócio-culturais calcados na violência se consolidaram, modificaram e se reconfiguram permanentemente. A ampliação da violência sempre esteve a serviço de interesses que jamais foram arranhados ou interrompidos. Índices de violência cada vez mais assustadores desembocam em soluções ineficazes, descaso e abandono. Operações de guerra aos pobres, travestidas de guerra ao tráfico de drogas, são a resposta institucional. Quanto mais negra a pele, mais pobre o indivíduo, mais segregada a moradia e maior a descarga punitiva que transforma a vítima em culpado, reduz o humano a índices e eleva os preços do mercado do crime em si mesmo.
Sobre a Organização
O Fórum Grita Baixada nasceu como um espaço de discussão, formação e de incentivo à organização, articulação e mobilização e busca de soluções conjuntas da sociedade civil sobre as problemáticas sociais e de direitos humanos na Baixada Fluminense. Foi criado a partir da preocupação com o aumento dos índices de violência na região nos últimos anos. A falta de resposta por parte das autoridades motivou a solicitação, em 2012, de uma reunião com o governo do Estado sobre o tema da segurança pública. No dia 25 de julho de 2012, em Nova Iguaçu, aconteceu então a reunião para a elaboração de uma carta aberta às autoridades. O secretário de Segurança da época, José Mariano Beltrame, disse que era a “primeira vez que a Baixada Grita tão forte”, o que deu origem ao nome do Fórum. As chacinas de Chatuba e Japeri, com as mortes de nove pessoas – oito delas jovens entre 12 e 18 anos – gerou uma grande mobilização para um ato de repúdio e de sensibilização em uma caminhada ecumênica organizada pelo Fórum. O Fórum atua com incidência política, mobilização e formação, realizando atividades em torno do enfrentamento aos homicídios de jovens, sobretudo negros e pobres.
Parcerias
Centro de Direitos Humanos de Nova Iguaçu.
Viva Rio.
Cidadania Plena.
Associação Pamen Central Humana de Educação, Ideias e Formação Alternativa.
Comissão Pastoral da Terra.
Conselho Comunitário de Segurança Pública.
Ação Social Paulo VI.
Casa Fluminense.
Conselho Municipal de Segurança Pública e Cidadania Nova Iguaçu.
Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.
Conselho Regional de Psicologia.
Pastoral da Juventude da Diocese de Duque de Caxias.
Casa do Menor.