Objetivos e público alvo
O projeto visa resgatar e reconstruir a memória dos sobreviventes do massacre do Carandiru, promovendo o direito à memória e à reparação. O público prioritário inclui sobreviventes do massacre, egressos do sistema prisional, familiares e a sociedade civil, com foco na conscientização sobre o encarceramento em massa e a necessidade de políticas públicas que garantam direitos humanos e justiça social.
Contexto
Trinta anos após o massacre do Carandiru, um dos episódios mais violentos e simbólicos da história do sistema prisional brasileiro, o Estado ainda não assumiu sua responsabilidade nem promoveu reparação às vítimas e suas famílias. Pelo contrário, o megaprojeto de revitalização do território onde funcionava o complexo penitenciário apaga a memória da violência cometida, substituindo-a por equipamentos públicos descontextualizados, como um circo e outras estruturas que ignoram o passado de violência e exclusão. Enquanto isso, o encarceramento em massa persiste no Brasil, com o estado de São Paulo liderando as estatísticas de população carcerária. O racismo estrutural, a seletividade penal e as desigualdades sociais perpetuam a criminalização da população negra e periférica. O projeto busca utilizar a memória e a história como ferramentas de transformação, criando espaços de diálogo e reflexão que responsabilizem a sociedade pelo combate ao encarceramento em massa e à violência institucional.
Sobre a Organização
O Instituto Resgata Cidadão (IREC) é uma organização sem fins lucrativos que, há mais de 20 anos, atua na redução de vulnerabilidades sociais em bairros de São Paulo. Com foco na valorização da memória e da cultura de egressos do sistema prisional, o IREC promove ações educativas, culturais e esportivas. O núcleo de cultura do IREC trabalha para preservar e difundir a memória das pessoas que foram privadas de liberdade no Carandiru, combatendo o apagamento histórico e promovendo o direito à reparação.