Mulheres Agroflorestoras Sem Terra da Grande SP
Mulheres Agroflorestoras Sem Terra da Grande SP – curando e unindo corpos e territórios contra o racismo ambiental
São Paulo
Objetivos e público prioritário
O projeto visa fomentar a integração e o compartilhamento de conhecimentos agroflorestais das Comunas da Terra, redes RAPPA e RAMA, aldeias indígenas, coletivas negras e outros grupos interessados, com debates enfocando o valor das sementes crioulas e o combate ao racismo e machismo estruturais.
Contexto
O uso e posse da terra enfrentam problemas como a exploração de recursos naturais e de trabalhadores, além da concentração agrária, que desloca povos tradicionais. A luta por acesso à terra, relevante tanto no campo quanto nas periferias urbanas, encontra na Região Metropolitana de São Paulo exemplos de resistência através dos assentamentos do Movimento Sem Terra. Estas Comunas da Terra, próximas a grandes cidades, buscam promover a transição agroecológica e a regeneração humana, social e ambiental. Elas visam fortalecer os cinturões verdes urbanos, retomar práticas camponesas e a agricultura familiar, com mulheres na vanguarda deste movimento. O desafio é conciliar conservação e manejo sustentável, enfrentando barreiras institucionais marcadas pelo racismo ambiental, e opor-se ao modelo de crescimento econômico exploratório.
Sobre a organização
Mulheres Agroflorestoras Sem Terra da Grande SP é um coletivo composto exclusivamente por mulheres agricultoras sem-terra, predominantemente negras e imigrantes. Atua sob uma estrutura horizontal e autogerida, visando a organização de mutirões de plantio e a realização de atividades de acolhimento, que incluem almoços comunitários e roçados solidários nos respectivos territórios.
Linha de Apoio
Edital Anual
Ano
2023
Valor doado
R$ 40.000,00
Duração
12 meses
Temática principal
Direito à terra