Objetivos e público alvo
Fortalecer lideranças ribeirinhas, quilombolas e extrativistas do Marajó para atuarem contra o punitivismo, o proibicionismo e o militarismo, promovendo políticas de segurança baseadas em direitos humanos. O público prioritário inclui lideranças comunitárias, juventudes negras, mulheres e populações periféricas dos 17 municípios do Marajó, com foco na construção de uma agenda de segurança pública alternativa e inclusiva.
Contexto
O Marajó, região marcada por conflitos agrários e pressões do agronegócio, enfrenta uma crescente militarização e violência institucional, agravadas pela política de guerra às drogas e pelo proibicionismo. A expansão de obras de infraestrutura, como a PA 368, intensifica a presença de criminosos e a criminalização de comunidades tradicionais. O projeto busca enfrentar esses desafios, promovendo uma compreensão crítica das políticas de segurança e justiça criminal, com base nos saberes e experiências das comunidades tradicionais. A iniciativa visa também influenciar espaços estratégicos, como as eleições municipais de 2024 e a COP30, para garantir uma agenda de segurança pública que respeite os direitos humanos e a autonomia dos territórios.
Sobre a Organização
Fundado em 2020, o Observatório do Marajó atua no fortalecimento de lideranças comunitárias e na promoção de políticas públicas conectadas às demandas locais. Com foco em direitos socioambientais, justiça climática e economia da sociobiodiversidade, a organização desenvolve estratégias de mobilização cidadã e incidência política. Sua equipe é composta por lideranças ribeirinhas, quilombolas e jovens negros, que trabalham para garantir a participação das comunidades tradicionais em processos decisórios. O Observatório já realizou projetos como a formação de brigadas comunitárias de mulheres e campanhas de comunicação sobre saúde e direitos reprodutivos.