Objetivos e público alvo
Dar continuidade às ações de comunicação da Afirmativa, com aumento de visibilidade e crescimento da equipe do coletivo. Mobilizar jornalistas negros jovens sobre a importância da prática antirracista no exercício da profissão. Ampliar o debate público sobre genocídio da população negra e memória de organização política brasileira. Articulação e fortalecimento de mídias negras.
Contexto
A pandemia inaugurou um processo de maior virtualidade das práticas mais comuns da vida. O acesso aos meios de comunicação e informação se tornaram ainda mais importantes. A desigualdade racial no acesso ao direito à comunicação já era agenda prioritária da atuação política da Afirmativa, visto que o campo do ativismo pró democratização dos meios no Brasil não considera os atravessamentos do racismo e seus impactos na violação ao direito à informação e comunicação. Para a Afirmativa, este fenômeno gerou dois efeitos determinantes: crescimento expressivo de visibilidade nas redes sociais; por outro lado, multiplicamos a carga de demandas recebidas, sobretudo dos movimentos sociais.
Sobre a Organização
A Revista Afirmativa teve início em 2014, fundada por seis jovens negros oriundos de periferias urbanas e rurais da Bahia. Todos militantes de movimentos sociais (negros, estudantil, feminista, e de diversidade sexual), e estudantes cotistas do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), localizada no município de Cachoeira. O objetivo do coletivo é a organização de um veículo de comunicação focado nas demandas da população negra sub-representada ou estigmatizada pelos meios de comunicação. A revista se define da seguinte forma: “Somos nós, falando de nós, para todo mundo”. Inspirada na escritora Conceição Evaristo, a Revista Afirmativa faz um jornalismo de “escrevivências”, atuando pela representação da população negra de maneira plural e humanizada; fazendo isso com a qualidade técnica e subjetiva de quem conhece profundamente os traumas que a invisibilidade, os estigmas e estereótipos do imaginário social perpetuado pela mídia hegemônica podem gerar.
