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    ‘A gente tem que recrutar e resistir. Resistir mesmo’

    Cristina Camargo
    14/05/2018
    8 min
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    Chopelly em evento realizado pelo Fundo Brasil no final de 2017 (Foto: Ernesto Rodrigues)

    Apaixonada pelas causas sociais, Chopelly Santos Pereira sente orgulho ao dizer que Pernambuco, onde nasceu e vive, é o estado com mais mecanismos LGBT do país. Fruto de muitos esforços e lutas de ativistas como ela.

    O Fundo Brasil faz parte dessa história ao apoiar projetos como o que Chopelly coordena, chamado “Por uma escola livre da transfobia – Acorda Recife!”, realizado pela Amotrans – Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco.

    O depoimento da ativista é o terceiro da série #Defensorxs, realizada pelo Fundo Brasil em seu site e nas redes sociais.

    Confira:

    Meu nome é Chopelly Santos, tenho 35 anos e estou presidente da Amotrans, que foi a primeira instituição a construir em Pernambuco uma política específica para trabalhar as travestis e transexuais, dialogando com o governo e inserindo meninas em espaços de trabalho.

    A gente começa uma nova etapa da instituição, que é a ideia de trabalhar as meninas na rua. Foi preciso primeiro inserir a política no governo, porque o governo não discutia a questão das travestis. E isso demorou dez anos, por incrível que pareça. E agora a gente parte para o novo princípio, que é como dar uma oportunidade às meninas que estão na área de prostituição.

    Venho de uma geração de mulheres transexuais que não tinha muita informação. Os ícones da época eram a Roberta Close e a Rogéria. Era uma época que não tinha internet, não tinha Youtube, então a gente tinha pouca coisa.

    Então quando você se descobria mulher transexual, meio que pirava, porque não entendia como tinha o corpo de um jeito e pensava de outro. A ideia era fugir, migrar para São Paulo ou Rio.

    Eu fui para o Rio e fui fazer prostituição. Voltei porque a cafetina, que era a saudosa Luana Muniz, falou que não iria funcionar. Ela me deu a passagem de volta, voltei para Recife e conheci a Amotrans. A partir dela eu me apaixono pelo movimento social e acredito naquele ideal e conheço o movimento nacional, que existia há 20 anos e que tinha uma essência muito boa de trabalhar política para travestis e transexuais.

    Começo a trabalhar e a desenvolver essa interface, esse advocacy com o governo, para o governo compreender a população T no estado.

    O Brasil não cuida das suas pessoas trans. É o pais que mais mata, foi denunciado na Organização Interamericana de Direitos Humanos como o país que mais mata a população trans. É a população que mais está privada de seus direitos. Tem 90% de sua existência nas áreas de prostituição. Quando a menina se descobre trans, a família bota para fora, a escola bota para fora.  Aí vai para a rua fazer prostituição e cria uma autodefesa para a sociedade que discrimina e uma autodefesa para sobreviver naquele gueto. Sobrevive quem é a mais forte. Porque se for a mais fraca vai apanhar todo dia, vai ter seu dinheiro roubado todo dia.

    A gente somou forças com os gays e as lésbicas e hoje Pernambuco é o estado que mais tem mecanismos LGBT. Temos dois centros de referência; uma coordenação estadual e a gerência municipal; e os municípios que estão criando suas coordenações LGBT; temos duas coordenações de saúde LGBT; uma multiplicação de ambulatórios que estão deixando de ser travestis e transexuais e estão sendo LGBT por compreender também a necessidade das lésbicas e dos gays.

    Em Pernambuco, o movimento mais antigo é o dos gays e das lésbicas, que não conseguiam muita coisa. E com a organização das travestis somando, as coisas foram possíveis de se concretizar.

    Hoje a gente precisa convencer as pessoas heterossexuais de que todas essas conquistas não foram de um dia para o outro. São frutos de dez anos de trabalho. Dez anos que a gente vai para a rua, ocupa espaços, discute em conferências, dialoga com gestores – para que hoje o gestor que está na ponta consiga fomentar aquela ideia de mais de 20 anos. São 20 anos de histórias para conquistar um objetivo que muitas pessoas já conquistaram.

    A ideia é que hoje precise das políticas específicas para que no futuro a gente tenha realmente um processo universal.

    Já tivemos um projeto apoiado pelo Fundo Brasil, em que viajamos pelo interior de Pernambuco. Era a Jornada Pernambucana, um projeto de 2015, onde a gente capacitava o movimento social sobre a questão da travestilidade e transexualidade, no intuito daquele espaço, daquele município, desenvolver uma política. Ou seja, migrar a política da capital para o interior do estado.

    Hoje a gente está com um projeto apoiado pelo Fundo Brasil para trabalhar a questão das escolas. Preparar não só os professores, que é o corpo docente, mas também o corpo dicente. Assim como todos os outros funcionários da escola, desde o vigilante ou porteiro até a merendeira. Para que essas pessoas consigam visualizar as travestis e transexuais dentro da escola e consigam conviver em harmonia, respeitando a diferença. Para que ela não saia de lá e tenha uma oportunidade de educação.

    Se a gente não consegue hoje dialogar com os pais para aceitar a filha em suas diferenças, pelo menos a gente dialoga com a escola para torná-la um ambiente mais aceitável. A ideia do projeto é a gente implantar a primeira semente na escola, para que os alunos, os professores e os demais funcionários comecem a enxergar a população T como uma população que precisa de cuidados especiais para que ela não seja excluída.

    A ideia não é incentivar, como as pessoas dizem, mas tornar o ambiente mais aceitável para as pessoas trans.

    Em Pernambuco tem uma série de prefeituras que estão proibindo as escolas de trabalhar a ideologia de gênero. Aí quando você vai perguntar, põe no Google o que é ideologia de gênero, você não consegue, não tem um significado. Porque não existe ideologia de gênero. Tem as identidades de gênero e a população LGBT. Então a ideia é vender que a gente vai transformar o menino em menina e a menina em menino. Mas ninguém transforma. As pessoas travestis existem. Elas se descobrem, se auto definem.

    As pessoas trans são o que são. Se descobrem, se constroem e precisam de ambientes que as respeitem. No futuro, vão contribuir para o crescimento do país, então precisam que essa contribuição volte em políticas.

    Uma das sementes é justamente a escola. Quando você vem com essa loucura que é a ideologia de gênero, você está não só impedindo a discussão, não só da travestilidade e transexualidade, mas de ensinar uma mulher o direito de se empoderar, conhecer os seus direitos, denunciar. Discutir gênero não é só discutir travestilidade e transexualidade. É discutir um macro, de uma população do gênero feminino, que é considerado de uma forma inferior. Você acaba fortalecendo o machismo.

    A população LGBT tem que se unir, mais do que nunca, e vir como um tsunami contra um fundamentalismo que vem contra a gente. E a gente pegar a palavrinha mágica, lá do filme “Milk”: a gente precisa recrutar pessoas, não só LGBTs, para fortalecer esse tsunami.

    A gente tem que recrutar e resistir. Resistir mesmo.

     

    Entrevista concedida a Cristina Camargo e Simone Nascimento

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