O Fundo Brasil divulga o resultado da seleção de projetos inscritos no edital Incidência Popular em Segurança Pública. Foram selecionadas 9 propostas de 7 Estados brasileiros, das cinco regiões, e 1 com abrangência nacional. Cada projeto aprovado receberá até R$80 mil.
As organizações selecionadas receberão e-mails da equipe do Fundo Brasil nos próximos dias.
Veja a lista
Organização | Estado | Região |
Coletiva Pretas de Angola | Centro-Oeste | GO |
Centro de Defesa da Criança e do Adolescente – CEDECA | Nordeste | CE |
Fórum de Juventudes do Cabo | Nordeste | PE |
Rede LGBT do Interior de Pernambuco | Nordeste | PE |
Instituto Marcinho Megas Kamaradas Contra o Extermínio de Jovens nas Periferias | Norte | PA |
Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade do Estado do Pará | Norte | PA |
Tire Meu Rosto da Sua Mira | Sudeste | RJ |
Desterro – Observatório de Violência de Florianópolis | Sul | SC |
Instituto Caminho – Raça e Acesso à Justiça | Sul | RS |
Coalizão Pela Socioeducação | Nacional |
Entenda o edital
O objetivo Incidência Popular em Segurança Pública tem como objetivo apoiar projetos que atuem pela promoção de uma segurança pública democratica, com mecanismos de controle social, com participação popular, antirracista e que respeite os direitos humanos.
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Entenda o processo de seleção
Para este edital, foram recebidos 110 projetos. Os editais do Fundo Brasil de Direitos Humanos são processos públicos e transparentes, com inscrições divulgadas por meio dos canais próprios da fundação, como site e redes sociais, e também por veículos de imprensa.
Os projetos recebidos são encaminhados a um Comitê de Seleção, que analisa as propostas e faz as recomendações de quais delas devem ser apoiadas, dentro dos limites dos recursos disponíveis.
O Comitê de Seleção é independente, composto por especialistas nas temáticas abordadas em cada edital, que são convidados pelo Fundo Brasil para fazer essa avaliação.
Para o processo de seleção do edital Incidência Popular em Segurança Pública, o Comitê de Seleção foi composto por: Fabio Candotti, professor da Universidade Federal do Amazonas, membro da Frente Estadual pelo Desencarceramento do AM e do coletiva Elas Defensoras; Fransérgio Goulart, coordenador da Iniciativa Direito à memória e Justiça Racial e membro do Fórum Popular de Segurança Pública do Rio de Janeiro; Juliana Borges, coordenadora de advocacy da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas e membra do Fórum Popular de Segurança Pública de São Paulo; e Talita Maciel, militante pelos direitos humanos, especialmente focada em crianças e adolescentes, participou da criação do Fórum Popular de Segurança Pública do Ceará e da Frente pelo Desencarceramento.
Além dos critérios do edital e da coerência com os temas propostos na chamada, o Comitê estabeleceu os seguintes parâmetros para a análise dos projetos: conexão com as comunidades, capacidade de influenciar políticas públicas, histórico de luta, diversidade regional e possibilidades de acesso a outras fontes de recursos.
Para Allyne Andrade, diretora executiva adjunta do Fundo Brasil, a conexão das pessoas selecionadoras com o campo dos direitos humanos permite um olhar especial para os projetos inscritos.
“Um projeto muito importante que acaba de ser selecionado não estava escrito nos jargões conhecidos, e vimos o Comitê de Seleção fazer um movimento de capturar a essência do trabalho que o coletivo está propondo. Esse é um diferencial de termos um comitê sensível e conectado com o campo dos direitos humanos, e também é o diferencial do Fundo Brasil”, comentou, durante a reunião de apresentação da seleção.
Ana Valéria Araújo, diretora executiva do Fundo Brasil, destacou a diversidade regional e a relevância dos temas que o edital passa a apoiar. “Quero dizer da minha satisfação de ver a diversidade dos projetos, e também que estamos conseguindo apoiar projetos com ênfase em juventudes e crianças, o que é muito relevante, é uma urgência, e esse edital conseguiu trazer essas organizações. A gente tem um grupo bem interessante de projetos para trabalhar neste edital.”