O Fundo Brasil de Direitos Humanos estará em Belém (PA) para a 30ª Conferência das Partes (COP 30). Em cinco atividades realizadas n’A Casa Sul Global, promoveremos conversas urgentes e inspiradoras sobre as oportunidades para avançarmos coletivamente na tarefa de garantir um planeta habitável – e mais justo para todas as pessoas.
Com quase 20 anos de experiência em apoiar as lutas da base da sociedade, o Fundo Brasil apresentará iniciativas pioneiras para fortalecer o protagonismo e as soluções climáticas de trabalhadores, povos indígenas e comunidades tradicionais. Além disso, abordaremos os desafios de proteger a vida de quem defende a natureza e a justiça social – no nosso país, essas defensoras e defensores correm sérios riscos.
Nesta que quer ficar conhecida como COP da implementação da adaptação, nossos eventos vão colocar luz sobre propostas que já estão sendo testadas e causando mudanças positivas em territórios por todo o Brasil.
Confira nossa agenda n’A Casa Sul Global abaixo e se programe para estar com a nossa equipe e nossos convidados e convidadas! As inscrições ficarão abertas pelo link mas o espaço está sujeito à lotação. Sendo assim, a prioridade será por ordem de chegada.
Dia 13 de novembro, quinta-feira
> Três anos do Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno – coquetel e encontro com movimentos populares – 19h às 23h
Ao completar três anos de atuação, o Labora – Fundo de Apoio ao Trabalho Digno promoverá um evento para celebrar conquistas e debater os desafios no campo do financiamento ao trabalho digno e da transição justa.
O momento será de celebração, networking e estreia do documentário Daqui pra frente é nós: histórias da luta por trabalho digno, seguida de um roda de conversa com representantes da filantropia e de movimentos sociais. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), além de representantes da Laudes Foundation, da Fundação Ford e da Open Society Foundations trarão reflexões sobre trabalho digno e a transição justa.
O Labora é a única iniciativa filantrópica focada em apoiar as lutas pelo trabalho digno, proteção social e transição justa no Brasil. Nesse período, destinou R$ 28,8 milhões a 251 iniciativas.
Dia 14 de novembro, sexta-feira
> Painel “Arranjos Colaborativos e Inovadores para Aterrar o Financiamento Climático nos Territórios” | 10h às 11h30
Os mecanismos locais e comunitários do Sul Global vêm aperfeiçoando estratégias de apoio e colaboração altamente eficientes para mobilizar e descentralizar recursos destinados ao enfrentamento da crise climática e da perda de biodiversidade. Neste sentido, o Raízes – Fundo de Justiça Climática para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais, iniciativa do Fundo Brasil, propõe uma abordagem integral, que combina doação de recursos financeiros para ações estruturantes, apoio técnico, atendimento a demandas emergenciais de proteção de vidas e territórios e suporte à mobilização política e à articulação em redes.
Essa experiência, que o Raízes aplica em todos os biomas brasileiros, será apresentada e debatida em um painel que também terá como debatedores fundos socioambientais, comunitários e corporativos com os quais o Raízes atua em colaboração. Serão apresentados exemplos concretos de arranjos para capilarizar recursos aos territórios, como a Aliança entre Fundos, a Aliança Territorial da Rede Comuá e a Alianza Fondos del Sur, bem como a parceria com o Instituto Itaúsa e iniciativas como Pooled Fund.
O painel pretende impulsionar a criação de novos modelos de cooperação, evidenciando caminhos possíveis para ampliar o financiamento com foco em pessoas, clima e natureza.
Dia 17 de novembro, segunda-feira
> Painel “Justiça Climática e Defensores: Financiamento para Proteção da Vida e dos Territórios” | 14h às 15h30
O Brasil e outros países do Sul Global vivem uma realidade alarmante: registram os maiores índices de assassinatos de defensoras e defensores de direitos humanos e ambientais, que são mortos em razão de sua atuação.
Neste painel, apresentaremos a experiência do Fundo Brasil para responder a este que é um desafio central ao avanço dos direitos socioambientais e da justiça climática no país. Combinando respostas rápidas a pedidos de recursos, doação para propostas estruturantes de criação de uma cultura de segurança integral, acionamento de redes de cuidados e suporte ao aprimoramento de capacidades, esta metodologia também está articulada com parceiros como o Fundo Casa Socioambiental, anfitrião do painel.
Outros convidados trarão análises de contextos e conjuntura das estratégias de proteção nos países Pan Amazônicos e da América do Sul – Fundo Peru e Fondo de Acción Urgente para América Latina, FAU-AL.
Dia 18 de novembro, terça-feira
> Painel “Construindo Uma Transição Ecológica Justa: Financiamento de Iniciativas de Agroecologia Lideradas por Trabalhadores e Comunidades Locais” | 14h às 15h30
O painel busca destacar como o uso da terra conduzido de forma popular e comunitária — ancorado em práticas de agroecologia e agrofloresta — pode proteger biomas, garantir soberania alimentar e gerar meios de vida dignos. Também apresentará exemplos de como essas soluções podem ser fortalecidas por meio de um ecossistema de organizações filantrópicas enraizadas em contextos nacionais e profundamente conectadas a atores estratégicos no campo, especialmente em nível comunitário.
Vamos reunir atores filantrópicos do Sul Global que estão à frente desse movimento, guiados por princípios de confiança, autonomia e interseccionalidade entre mudanças climáticas e desigualdades. Essas organizações já apresentam uma infraestrutura pronta e acessível para ampliar recursos destinados a esforços de agroecologia liderados por trabalhadores e comunidades locais, com exemplos concretos de parcerias bem-sucedidas e impacto significativo.
Com mediação de Ana Valéria Araújo, diretora executiva do Fundo Brasil de Direitos Humanos, convidamos para o debate: Adela Guerrero – GPAE (Grupo de Promoción de la Agricultura Ecológica)/Fondo Tierra Viva, Valmir Macedo – Centro de Agricultura Alternativa Vicente Nica (CAV), Joan Jamisolamin – Samdhana Institute (Southeast Asia), Cúpula dos Povos, Aline Souza Nascimento – Fundo Dema, e Terena Peres de Castro – ISPN.
Dia 18 de novembro, terça-feira
> Dois anos do Raízes – Fundo de Justiça Climática para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais – coquetel e noite cultural | 19h às 23h
Há dois anos, o Raízes – Fundo de Justiça Climática para Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais foi criado pelo Fundo Brasil para combinar metodologias testadas e bem sucedidas ao longo das nossas quase duas décadas de experiência e, desta forma, aprimorar uma estrutura sólida de fortalecimento do protagonismo desses povos e comunidades na pauta climática.
Este evento será mais um momento em que o Fundo Brasil propõe celebração, diálogo e networking. Teremos a presença de representantes de organizações apoiadas e parceiros, como a Waverley Foundations, e a estréia do curta-metragem feito a partir dos territórios, com integrantes de povos e comunidades que vêm construindo o Raízes junto com o Fundo Brasil.
Ao longo destes dois anos, o Raízes doou R$5,5 milhões a 193 iniciativas, entre projetos e pedidos emergenciais. Garantiu, ainda, a participação de povos e comunidades em grandes momentos locais e nacionais de mobilização política, como o Acampamento Terra Livre.
E o que é A Casa Sul Global?
A Casa Sul Global é uma plataforma de articulação política, mobilização, produção de conhecimento e colaboração entre atores da filantropia do Sul Global. Seu propósito é influenciar os fluxos de recursos e as dinâmicas de poder em benefício da justiça socioambiental, incidindo para que as soluções locais estejam no centro das conversas globais sobre o financiamento para clima e natureza.
A Casa Sul Global é uma realização da Rede Comuá, que o Fundo Brasil de Direitos Humanos integra, e da Alianza Socioambiental Fondos del Sur que, juntas, reúnem dezenas de organizações independentes, locais e dedicadas à filantropia de justiça socioambiental, localizadas na América Latina, África e Sudeste da Ásia.
Em Belém, a Rede de Fundos Comunitários da Amazônia Brasileira e o movimento internacional #ShiftthePower assinam o projeto como co-promotores.
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