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    “O estigma cala as pessoas”

    Fundo Brasil de Direitos Humanos
    29/10/2018
    9 min
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    Leila Barreto durante Encontro de Projetos realizado em São Paulo (Foto: Ernesto Rodrigues/Fundo Brasil)

    Nascida em Belém (PA), Leila Barreto é filha de Lourdes, uma líder histórica da articulação das trabalhadoras do sexo. Apesar de ter outras experiências profissionais, Leila contribui com a causa desde a juventude, quando assumiu a tarefa de enfrentar os preconceitos e as violações que marcam a profissão.

    O Gempac, organização liderada por Leila, é apoiado pelo Fundo Brasil.

    O depoimento dela é o último da série #Defensorxs, que o Fundo Brasil divulga em seu site e nas redes sociais.

    Confira:

    Tenho 52 anos e sou do Gempac, no Pará, que está articulado nacionalmente na Rede Brasileira de Prostitutas.

    Sou nascida em Belém do Pará e a minha relação com o movimento de prostitutas é porque sou filha de uma prostituta, que começou esse movimento. Comecei a contribuir desde jovem, no sentido da escrita e de outras questões.

    E trouxe para a minha vida porque sinto essa questão do estigma, não só pelas companheiras trabalhadoras sexuais, mas também pelas famílias.

    O estigma tem sido um complicador na existência – a negação de todos que se relacionam com ele. Não é só luta do outro, mas luta minha, particular, de ativismo dentro do movimento.

    Quando a rede começou, eu comecei também no movimento.

    Tenho outras experiências profissionais, principalmente no trabalho de educação. Mas o ativismo no movimento de puta faz parte da minha história de vida. É um compromisso que sinto de dar visibilidade ao que tem sido feito.

    O movimento de prostitutas tem um histórico importante porque ele vem construindo políticas públicas há mais de 30 anos no Brasil, esse sujeito tem sido um participante ativo dessa luta.

    Em 2011 foi a primeira vez que tivemos uma relação com o Fundo Brasil. Foi importante para avaliar várias questões e lutas que estávamos fazendo e verificamos que muitas de nossas lutas não tinham ganhado significado para a sociedade, nem para as nossas companheiras nem para seus familiares, companheiros e clientes.

    Através de uma ação chamada Zona de Direitos, com apoio do Fundo Brasil, tivemos esse momento de reflexão.

    Encontramos uma ferramenta que foi muito importante, a comunicação.

    Utilizamos a comunicação para fazer incidência política, para ressignificar as nossas lutas e principalmente mudar essa ideia tão negativa sobre a prostituição no Brasil.

    Um fator importante é compreender a existência dessas pessoas. Existe toda uma rede de relações dessas pessoas e, além dessa afirmativa de existência, é de cada lugar também. São vozes diferentes, são espaços diferentes, são gêneros diferentes. É uma diversidade muito grande de realidade de quem vive do trabalho sexual no Brasil. Mas a primeira afirmativa é a da existência. E além da afirmação da existência no seu trabalho, experimentações, afetividades, existe também esse campo político que se formou.

    São os vários sujeitos, de várias partes do país, que se articulam não só no nosso país, mas também na América Latina e globalmente, que estão atuando na luta por direitos. Temos uma composição importante na garantia de direitos humanos no país.

    A gente luta pela regulamentação da dignidade do trabalho e outras questões, mas também temos reforçado muito essa afirmação de existência e uma existência política. Temos negociado muito a identidade nesse sentido, mas a gente percebe que não temos consolidado alguns fatores importantes para a dignidade, garantia da vida e principalmente para que a gente possa continuar contribuindo para a sociedade.

    O Gempac tem um lado institucional, com uma série de responsabilidades que ele assume, porque como ele se articula em vários fóruns, em vários espaços, ele tem esse campo. E a gente tem lutado muito, como a maioria dos movimentos sociais, para continuar ativo. Para continuar existindo e centrando uma forma de intervir na sociedade.

    A nossa estratégia tem sido a comunicação, a cultura, a arte, a política. Mas uma coisa que tem sido importante é que a gente fez uma quebra da institucionalização. Queremos sair dessa amarra institucional e estar mais ativos na sociedade do que nunca.

    O movimento social perdeu isso, em parte com algumas responsabilidades que assumiu, de editais, que compromissos que não correspondiam à sua realidade. A partir de 2011, que é um marco, a gente fez uma quebra da instituição com a “volta às esquinas”.

    E essa “volta às esquinas” é para estar mais se movimentando do que garantindo estar no espaço, ou dentro de uma sede, garantindo que essa sede esteja aberta. A gente quer mais é estar na rua, somando. E isso foi um ganho importante, porque invertemos uma lógica em que o movimento social embarcou a partir da década de 1990. Quando ele começou a assumir uma série de projetos, ele também ganhou esse perfil institucional que legitimou o que fazíamos, mas também nos amarrou.

    Tem várias questões nesse processo (do estigma). Primeiro é reconhecer a existência dessa pessoa e o papel que ela exerce na sociedade, inclusive esse papel político, esse papel social, esse papel humano. E reconhecer como elemento que tem contribuído na sociedade, mas também como uma outra pessoa que esteja no mundo atuando e tem um papel.

    Há uma negação disso. Constantemente essa identidade sofre uma série de ataques que compromete e tem sido um marco que temos puxado bastante: a questão da permanente violência, permanente morte civil e de outras formas. Afetando todos os seus e todas as redes de relacionamento que estão em volta dessa questão.

    O Gempac tem trabalhado a questão da saúde preventiva no enfrentamento ao HIV/Aids – é uma referência, está no início dessa luta; a questão do protagonismo dos sujeitos; e tem também uma questão em relação à cidade, ao reconhecimento do papel da cidade na vida de cada cidadão. O Gempac traz esse lado cultural, traz todo esse reconhecimento da importância da cidade e de quem faz a cidade. As prostitutas fazem a cidade, contribuem com a cidade.

    Os trabalhadores sexuais compõem a cidade, têm uma vida na cidade, colaboram e muitas vezes começam a cidade.

    Eu não sou a única filha da puta. E fico pensando onde estão as outras, como é que estão, como estão vivendo e o quanto esse estigma tem sido uma dificuldade do acesso de uma série de questões.

    Fico pensando que várias pessoas não podem fazer o que estou fazendo: falando, expressando a trajetória de luta não só de minha família, mas todo o reconhecimento que todos temos de nossa própria história.

    O estigma tem calado muitas pessoas, tem calado muitas companheiras, muitas trabalhadoras sexuais. Não que elas não tenham uma identidade, não reconheçam o seu próprio trabalho, sua atuação social. Mas essa questão do estigma tem calado inclusive para poupar seus filhos, clientes, companheiros e pessoas com quem se relacionam.

    A gente aborda a sexualidade num simples ato de estar na rua, num simples fato de estar compartilhando com a família, fazendo ou não uma leitura. Uma questão de que a gente possa perceber a sexualidade para além do elemento sexual, para a ente compreender também um direito, um direito a ter prazer.

    É uma questão que hoje a gente vive tendo que negar. A gente tem que negar do sexual a outros prazeres na sociedade, inclusive o de estar só caminhando na cidade. A gente tem que recuar, se esconder, e se enfiar num lugar de negação. Esse resignar tem sido pauta de tudo que a gente faz.

    Temos uma capacidade importante, política de que a gente tem sim, cada vez mais, nesse momento em que se fecham as portas, dialogar, transar, para que a gente possa alcançar o que é bom para a sociedade.

    A puta existe, a família da puta existe e além de existir, a gente tem um papel a cumprir. Não somos nenhum risco à sociedade. Estamos ressignificando mais coisas e transando com tudo e com todas.

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