A residência da ativista Gilmara Cunha, localizada no complexo da Maré, na cidade do Rio de Janeiro, foi alvejada na manhã desta terça-feira, 19 de novembro. Gilmara não sofreu ferimentos. Ela é presidente do Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de Favelas.
Segundo a ativista, uma operação policial no Complexo da Maré foi iniciada por volta das 5 horas da manhã e, às 8 horas, ainda estavam inviabilizadas as atividades do dia a dia da população da área por meio de prejuízos ao funcionamento de escolas e do posto de saúde.
“Nesta manhã, minha casa foi alvejada. É triste ver que a população favelada não é vista como digna de direitos. Nossos corpos são alvos fáceis de extermínio. Enquanto não discutirmos o racismo, não conseguiremos construir uma política inclusiva de segurança”, disse Gilmara Cunha.
O Grupo Conexão G de Cidadania LGBT de Favelas é apoiado pelo Fundo Brasil no contexto do edital “Enfrentando o Racismo a Partir da Base”. O Fundo Brasil se solidariza com a ativista e toda a população do Complexo da Maré, e enfatiza a necessidade de proteção, promoção de direitos e não criminalização da população das áreas mais pobres e excluídas do país.