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“Daqui para frente, isso sou eu” – Gilmara Cunha

Do engajamento de Gilmara Cunha surgiu o Conexão G, grupo que varre estigmas, mostra a cara e luta pela população LGBT na favela; ela esteve à frente do projeto “Jovens LGBT na luta pelo direito de existir”, apoiado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos.

 

“No interior das favelas, a realidade da população LGBT
pode ser muito pior do que em outros territórios.
Nas nossas reuniões tacavam cebola na gente”

 

Tinha tudo para ser um final de semana inesquecível, a turma toda do pré-vestibular viajando junta para Paraty. Corria o ano de 2005, e era a primeira vez que Gilmar Santos da Cunha, então com 20 anos, saia do Rio de Janeiro. Mal saíra do Complexo da Maré, o conjunto de 16 favelas e 140 mil habitantes, na zona norte carioca, onde vivia desde os quatro anos. O passeio fora organizando pelo cursinho do CEASM – Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré. E, todo mundo ali, naquele ônibus festivo, era morador da favela. Os laços iam além da sala de aula.

Ao chegarem a Paraty, a pousada havia separado um andar para os meninos e um andar para as meninas. Encolhido pela personalidade postiça, tímido, Gilmar se dirigiu para o quarto dos rapazes. “Vaza, o seu lugar não é aqui”, disseram-lhe os colegas, entre as costumeiras troças. Ele arrastou a mala para a ala feminina. E, surpresa, lá também não era o seu lugar. A opção foi armar uma barraca no quintal. Uma década depois, Gilmar assumiu-se Gilmara. E aquele fim de semana, ela, de fato, nunca esqueceu.

“Fiquei transtornada. Na hora do jantar, propus uma roda de discussão e, pela primeira vez, debatemos homossexualidade na favela”, conta, esparramada na cadeira, bem à vontade no figurino: saia longa preta e camisa também preta. Gilmara ocupa espaço: grandona, farta, peituda, bochechuda, com um riso tão solto que cala o zum-zum lá de fora. Estamos no seu escritório, uma sala escura, mas confortável, com vários computadores, aberta para a calçada, bem no meio da favela da Maré. Por volta das três da tarde, o bicho está pegando.

As calçadas encontram-se tomadas por ambulantes, de traficantes de drogas a vendedoras da Natura. Os sons se atropelam, com cada estabelecimento, formal ou informal, querendo gritar mais alto. Na pista, misturam-se, num baile desencontrado, os carros, as motos, as bicicletas, os pedestres. Alheia, com a porta escancarada, Gilmara segue: “Quando voltamos para o Rio, criei um grupo pequeno para discutir ações para combater o preconceito na comunidade. Se olharmos o interior das favelas, veremos que a realidade da população LGBT pode ser muito pior do que em outros territórios. Nas nossas reuniões públicas, tacavam cebolas na gente”.

Do engajamento daquele novo Gilmar, o ativista, ele ainda não se encarara trans, era “só um veado”, surgiu o Conexão G de Cidadania LGBT para Moradores de Favela, em 2006, um ano depois da bad trip. “Nossa ideia era trabalhar para reverter a ideia de que a comunidade LGBT só pensa em sexo, putaria e veadagem”, resume. Ao longo da década, hospedado na ONG Redes da Maré, o Conexão tratou de varrer estigmas, mostrando a cara: “Uma das nossas primeiras ações foi organizar a nossa Parada do Orgulho LGBT, que acontece todo primeiro domingo de setembro na Maré”.

Em seguida, estabelecendo parceria com entidades civis e públicas, vieram ações de várias matizes: criação de um cineclube que realiza mostras de filmes voltados para a comunidade LGBT, uma feira de saúde, seminários regulares sobre DST e Aids, atendimento à população LGBT em situação de rua, rodas de conversa para debater afirmação de gênero, cursos de formação na área de informática. O trabalho do Conexão G estruturou-se sobre três pilares: combate à violência contra gays e transgêneros nas favelas, educação e promoção de saúde. “Nosso lema é: não a vitimização, somos gays, somos iguais”, reafirma-se Gilmara.

O mais novo projeto do grupo, “Jovens LGBT na luta pelo direito de existir”, foi contemplado pelo edital “Juntos/as contra a violência que mata a juventude brasileira”, do Fundo Brasil de Direitos Humanos, com verba de R$ 40 mil. O trabalho é baseado em núcleos itinerantes que vão levar atendimento jurídico, médico, psíquico e social às vítimas de preconceito e discriminação por orientação sexual e identidade de gênero em quatro favelas do Rio: Cidade de Deus, Rocinha, Complexo do Alemão e Complexo da Maré.

Gilmara está animada: “Realizaremos oficinas e workshops sobre direitos civis e cidadania, a fim de formar agentes locais para defesa dos direitos humanos. Também vamos criar um aplicativo, que dará suporte para que as pessoas denunciem o preconceito em território de favela. E ainda criaremos um banco de dados e mapas da violência contra a população LGBT nas favelas”.

Enquanto discorre sobre o “Jovens LGBT na luta pelo direito de existir”, cujo objetivo é atender 1000 jovens e formar outros 100 como replicadores, Gilmara vai deixando escapar detalhes da própria biografia. Ela não gosta de voltar ao passado. Até chegar aonde está, sentada na cadeira de coordenadora do Conexão G e devidamente “T”, como diz, comeu – literalmente ou quase – o pão que o diabo amassou. “Você quer mesmo saber estas coisas?“, pergunta, abaixando o olhar, deixando transparecer o incômodo.

Na infância, viu o pai ser assassinado num confronto entre a policiais e bandidos. A mãe criou os três filhos na dureza e na rédea curta, com o parco salário de auxiliar de serviços. Desde bem menino, ele já se sentia ela. “Eu era menina, queria roupas de menina. Mas, se eu desmunhecasse, minha mãe me batia”, conta. Na escola, encarnou a vítima perfeita. “Sofria tudo que você pode imaginar”, diz.

Foi na adolescência que Gilmara pensou, enfim, ter encontrado a salvação. Agarrou-se, como uma náufraga, à fraternidade cristã Toca de Assis, onde cumpriu mais de cinco anos de penitências severas: “Nas confissões, eu falava dos meus desejos e me mandavam orar, jejuar. Certa vez minha penitência foi comer os restos dos irmãos de rua”.

Quando estava prestes a fazer os votos, decidiu largar tudo, não aguentava mais sufocar os desejos, as aflições, e foi estudar no cursinho do CEASM, com o objetivo de fazer psicologia. “Passei e cheguei a cursar até o penúltimo ano, mas tive que abandonar por questões minhas”. Já engajada no ativismo LGBT, ainda continuava Gilmar: “Carregava a igreja dentro de mim. Se sentia desejo, ajoelhava. E, como o meu desejo só aumentava, meus joelhos ficavam arrebentados de tanto orar”.

Há três anos, enfim, depois de sete anos na militância LGBT, saiu do armário. Ou tirou do armário o enxoval da Gilmara: “Estava tudo guardado numa caixa, tudo que eu sonhava usar. Eu me aniquilava para fazer minha mãe feliz. Gay já podia, mas travesti, não. Um dia acordei e disse para mim mesma: é hoje. Saí do quarto montada. Minha mãe falou: ‘O que é isso?’. Respondi: ‘Pega a senha e entra na fila. Daqui para frente isso sou eu’”.

 

Texto: Karla Monteiro, publicado originalmente na Revista Brasil de Direitos,  em 2016, em comemoração aos 10 anos do Fundo Brasil.

 

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