Objetivos e público alvo
Construir uma rede de combate ao racismo e às demais violências enfrentadas pelas mulheres lésbicas negras amazônidas, integrantes do Coletivo Sapato Preto, além das demais mulheres LBTQIA+. O projeto visa fortalecer esses grupos para o reconhecimento de seus direitos e pela resistência em seus territórios.
Contexto
No território da Amazônia paraense, a lógica da necropolítica se faz latente, com perseguições e violações massivas contra defensoras de direitos humanos. Tal incidência é ainda maior quando se trata de mulheres negras. Diante deste cenário, se faz necessária a atuação regional de enfrentamento ao racismo territorial e ambiental. A luta se faz pelo reconhecimento da existência de uma negritude amazônida que vem sendo ameaçada e exterminada. Nesse contexto é urgente a criação de uma rede de enfrentamento ao racismo e demais violações, de acordo com a realidade dessas comunidades, a partir da articulação coletiva e aproximação das mulheres negras amazônidas.
Sobre a Organização
O grupo foi criado em maio de 2018 por iniciativa de mulheres negras lésbicas amazônidas, para levantar pautas e discutir soluções que atravessem suas realidades, com temas sobre a racialidade, a sexualidade e a territorialidade, entre outros. O objetivo é buscar soluções no âmbito do território, bem como ressaltar que a luta e a resistência se fazem pelo reconhecimento da existência de uma negritude amazônida e pelo fomento de suas identidades. A organização também dialoga com outros grupos e organizações da Amazônia brasileira e com entidades internacionais. Por meio de atuação entre pares, o coletivo pretende alcançar tanto mulheres dos espaços urbanos quanto as das ilhas que compõem a região, e também dos territórios quilombolas da zona rural.