Objetivos e público alvo
Criar incidência política (advocacy) para o enfrentamento às violações de direitos no campo da segurança pública a partir da criação de um aplicativo construído por jovens negros de dez territórios militarizados do Estado do Rio de Janeiro.
Atividades Principais
- Mobilização e apresentação da proposta aos jovens negros e movimentos e organizações locais.
- Roda de conversa sobre o tema incidência política.
- Roda de conversa “Quais têm sido as formas de incidência política do povo negro favelado”.
- Oficinas para criação do aplicativo.
- Seminário.
- Monitoramento e avaliação.
Contexto
A violação dos direitos de jovens negros no Rio de Janeiro tem como fator potencializador a política de “pacificação” das favelas, na realidade um processo de militarização. Jovens negros enfrentam diariamente a violência institucional. A partir do projeto “Militarização das favelas: os impactos da UPP na vida dos jovens negros”, apoiado pelo Fundo Brasil por meio do edital anual 2014, o Fórum de Juventudes constrói uma cartografia social com jovens negros moradores de dez favelas e compreende o impacto das UPPS (Unidades de Polícia Pacificadora) na vida desse segmento da população. A incidência política com o uso de celulares vai criar um espaço para jovens negros acessarem uma rede de apoio para enfrentar as violações.
Sobre a Organização
O Fórum de Juventudes RJ tem a missão de lutar pela garantia dos direitos dos jovens no Rio de Janeiro, especialmente os negros e favelados. As atividades acontecem quase sempre em favelas e bairros periféricos.
Parcerias
– Rede de Comunidades Contra a Violência.
– Fórum Social de Manguinhos.
– Movimento Favela Não se Cala.
– Movimento Ocupa Borel e Ocupa Alemão.
– Fórum de Juventudes de Belo Horizonte.
– Rede Fale.
– Sarau Divergente.
– Noite Faveleira.
– Campanha Reaja ou Será Morto ou Será Morta na Bahia.
– Campanha pela Liberdade de Rafael Braga.
Resultados
Foram realizadas oficinas de criação de aplicativos para jovens inseridos no projeto com o objetivo de compartilhar e também criar aplicativos nos celulares. Com a criação e ampla divulgação do aplicativo, dezenas de denúncias foram feitas por meio da ferramenta. Elas referiam-se a homicídios, invasão de domicílios, abuso de poder. O aplicativo possibilitou mais rapidez de contato com a rede de apoio, repercussão na mídia e visibilidade e propostas de transferência da ferramenta para São Paulo, Mato Grosso do Sul e Ceará.